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Sorriso/MT - 09/07/2025 08:33

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Homem é assassinado em Ipiranga do Norte após sair da delegacia por agressão à esposa

Erivaldo Pereira da Silva, de 35 anos, foi encontrado morto com marcas de tiros às margens da MT-242. Ele havia sido preso um dia antes por violência doméstica, mas foi liberado após a vítima se recusar a representar contra ele.

Um homem de 35 anos, identificado como Erivaldo Pereira da Silva, conhecido como “Balola”, foi encontrado morto na tarde de quarta-feira (4) às margens da rodovia MT-242, no município de Ipiranga do Norte (MT).

O corpo apresentava perfurações por arma de fogo e estava próximo a uma lavoura de milho, nas imediações da ponte sobre o Rio Verde.

A vítima havia sido detida na noite anterior pela Polícia Militar, após ser flagrada agredindo a companheira dentro de casa.

Segundo informações repassadas pelos militares, vizinhos ouviram os gritos da mulher e acionaram a PM, ao chegarem no local, os policiais encontraram a vítima, de 31 anos, pedindo socorro.

Ela contou que o companheiro chegou embriagado, quebrou seu celular por ciúmes e tentou enforcá-la.

Erivaldo foi conduzido à delegacia de Sorriso, mas acabou liberado poucas horas depois porque a mulher se recusou a prestar queixa e não quis seguir com o processo, alegando temer represálias, já que o companheiro seria ligado a uma facção criminosa.

Horas depois, ele foi encontrado morto.

Testemunhas relataram à polícia que viram um carro sedan preto parado próximo ao local do crime, com dois homens conversando com a vítima momentos antes dos disparos.

A área foi isolada para perícia e o caso está sob investigação da Polícia Civil, que busca pistas sobre a motivação e autoria do assassinato.

Violência doméstica: um crime que pode custar vidas

O caso chama atenção para o ciclo da violência doméstica, que pode escalar rapidamente quando medidas de proteção não são tomadas. A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) prevê que, em situações que envolvam lesão corporal, o processo criminal deve seguir mesmo sem o consentimento da vítima  justamente para proteger quem está sob ameaça constante.

Especialistas em segurança pública e direitos humanos alertam que, muitas vezes, o medo, a dependência emocional ou financeira e a coação fazem com que vítimas recuem no momento da denúncia.

No entanto, romper o silêncio é essencial para evitar tragédias.

Além disso, familiares, vizinhos e amigos também têm papel fundamental: qualquer sinal de agressão pode e deve ser denunciado. Canais como o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) e o 190 (Polícia Militar) funcionam 24 horas por dia e garantem anonimato.

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