Mesmo com liquidez reduzida pelo feriado nos EUA, índice brasileiro bate novo recorde dólar tem leve alta no dia, mas recua na semana.
Mesmo com o feriado da Independência dos Estados Unidos esvaziando os mercados globais nesta sexta-feira (4), o Ibovespa encerrou o dia renovando máximas históricas, tanto no pregão intradiário quanto no fechamento. O principal índice da Bolsa brasileira chegou a atingir 141.563,85 pontos durante o dia e fechou aos 141.263,56 pontos, em alta de 0,24%, com um volume financeiro reduzido, de apenas R$ 9,01 bilhões.
Esta é a primeira vez que o Ibovespa termina uma sessão acima dos 141 mil pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 3,21%, o melhor desempenho desde a semana encerrada em 25 de abril, quando subiu 3,93%. Com isso, rompe uma sequência de duas semanas de perdas leves e eleva os ganhos acumulados em 2025 para 17,44%, com avanço de 1,73% apenas neste início de julho.
DESTAQUES DA SEMANA
Entre os papéis de maior peso no índice, Vale ON subiu 4,15% e Petrobras ON, 3,99%. Nesta sexta-feira, em função da baixa liquidez, os desempenhos foram tímidos: Vale ON teve alta de 0,29%, Petrobras ON, +0,11% e Petrobras PN, -0,12%. Os grandes bancos oscilaram, com destaque para Banco do Brasil ON, que subiu 0,58%, e Santander Unit, que recuou 0,31%.
Entre os destaques positivos do dia estão:
📈 BRF (+3,44%)
📈 Vibra (+2,68%)
📈 MRV (+2,11%)
📈 Hapvida (+1,89%)
Na ponta negativa:
📉 Engie (-5,16%)
📉 Yduqs (-1,27%)
📉 Vamos (-1,24%)
DÓLAR E MERCADO CAMBIAL
O dólar à vista teve leve alta nesta sexta-feira, encerrando o dia cotado a R$ 5,4242, acompanhando o fortalecimento da moeda americana frente a outras moedas emergentes — exceto o peso mexicano. No entanto, fechou a semana em queda de 1,06%, mantendo um desempenho positivo frente ao real em 2025.
A movimentação do câmbio foi influenciada por realização de lucros e ajustes técnicos, segundo analistas. O feriado americano comprometeu a liquidez global, afetando também o mercado de dólar futuro para agosto, que girou abaixo dos US$ 6 bilhões.
No exterior, o índice DXY – que mede a força do dólar frente a seis moedas fortes – registrava leve queda de 0,20%, aos 98,985 pontos.
NO RADAR INTERNACIONAL
Investidores seguem atentos às negociações comerciais dos EUA, especialmente com a proximidade do prazo final para retomada das tarifas recíprocas, marcado para o dia 9 de julho. A tensão no cenário fiscal brasileiro, agravada por incertezas sobre o IOF e discursos do governo a favor da taxação de grandes fortunas, também segue no radar dos operadores.