Expectativa de maior produção e colheita escalonada explicam queda nos preços; safra 2024/25 já alcançou 90% da área colhida.
O preço do milho disponível em Mato Grosso registrou queda de 41,03% nos últimos três meses, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A forte retração está diretamente ligada à expectativa de aumento da produção para a safra 2024/25, o que pressiona o mercado interno.
Apesar da baixa, a demanda interna aquecida tem evitado uma queda ainda mais brusca, sustentando as cotações acima dos R$ 40 por saca.
Preços ainda acima dos registrados em 2023
Na comparação entre a última semana analisada (21 a 25 de julho de 2025) e o mesmo período do ano passado (22 a 26 de julho de 2024), houve uma alta de 3,43% no preço do cereal em Mato Grosso.
O Imea atribui esse incremento à comercialização mais acelerada da safra atual em relação à anterior, o que tem favorecido os produtores.
Além disso, o atraso na colheita desta temporada, se comparado às safras anteriores, também ajudou a evitar uma queda abrupta nos preços, já que a entrada do grão no mercado tem ocorrido de forma escalonada.
Fatores externos, como as cotações da Bolsa de Chicago e a variação do dólar, continuam influenciando o mercado nacional.
Colheita avança, mas segue atrasada
A colheita da segunda safra de milho avançou 13,10 pontos percentuais na última semana, atingindo 90,37% da área prevista até o dia 25 de julho.
No entanto, os trabalhos continuam 8,91 pontos atrás do mesmo período da safra passada e 2,95 pontos abaixo da média das últimas cinco safras.
O ritmo, embora positivo nas últimas semanas, reflete os impactos do clima e da logística na operação, que seguem sendo desafios para o setor produtivo.
