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Sorriso/MT - 10/11/2025 06:31

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Viúva é apontada como mandante da morte de advogado em disputa milionária

TJMT mantém prisão temporária de Cleusa Bianchini, familiares e comparsa ligados ao assassinato de José Antônio Silva.

A investigação sobre o assassinato do advogado José Antônio Silva, conhecido como Doutor Pinga, em Nova Ubiratã (MT), revelou um enredo de conspiração que se arrastava há mais de três anos. A principal investigada é Cleusa Bianchini, ex-cliente da vítima, acusada de orquestrar o crime em meio a uma disputa judicial de R$ 4,5 milhões em honorários advocatícios.

Segundo o inquérito, Cleusa teria pressionado por anos o ex-funcionário Kelvinmar Cardoso Silva a contratar assassinos para executar o advogado. A viúva buscava se livrar do litígio judicial envolvendo uma propriedade de 218 hectares.

Em junho deste ano, após sair da prisão, Kelvinmar aceitou intermediar a execução e adquiriu uma pistola calibre .380 por R$ 8 mil, que teria sido repassada à idosa. O homicídio foi atribuído ao criminoso Kall Igor Pereira Machado, conhecido como Mete Bala, apontado como integrante do Comando Vermelho.

No dia 26 de junho de 2025, José Antônio foi encontrado morto em sua residência. Ele apresentava sinais de tortura, dedos decepados e foi executado com um tiro na cabeça. A cena também indicava indícios de violência sexual.

As apurações mostraram ainda a participação da neta de Cleusa, Giovanna dos Santos Vageti, 23 anos, que teria feito uma ligação anônima para desviar a investigação, simulando denúncia de maus-tratos a animais. O rastreamento da chamada revelou a tentativa de manipular a polícia.

O caso ganhou novos contornos após depoimentos de familiares de Kelvinmar, que relataram cobranças públicas dele contra Cleusa e ameaças envolvendo o suposto executor. Pouco tempo depois, Kelvinmar morreu em um acidente de motocicleta.

Diante da gravidade e da complexidade do caso, a Vara Única de Nova Ubiratã decretou a prisão temporária por 30 dias de Cleusa, Giovanna, Alessandro Henrique Vageti (filho da idosa) e Kall Igor Pereira Machado. A decisão foi mantida pelo desembargador Orlando de Almeida Perri (TJMT), que destacou o risco de obstrução da Justiça.

Em áudios obtidos pela investigação, a vítima chegou a relatar ter sido ameaçada “mais de 20 vezes”, citando nominalmente os suspeitos.

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